NOTA DE REPÚDIO

por Manuela Neves publicado 12/04/2022 13h05, última modificação 02/05/2022 18h34

A Câmara Municipal é Casa do Povo, composta por agentes políticos eleitos para representar as demandas e anseios dos munícipes, legislando e fiscalizando o Executivo Municipal. Os vereadores detêm um mandato legítimo para manifestar opinião, consideração e tomar decisões sobre temas de interesse da população. Sendo assim, é inadmissível que sejam desrespeitados quando no exercício de suas atribuições.

Neste sentido, a Câmara Municipal repudia com veemência o ocorrido na 53ª Sessão Ordinária, realizada em 11 de abril, quando a vereadora Adriana Guimarães Machado foi acintosamente desrespeitada e teve sua fala suplantada por gritos e ofensas de um cidadão presente à Sessão.  

A Casa do Povo estará sempre aberta, como deve ser, para receber os cidadãos que queiram assistir presencialmente aos trabalhos das sessões parlamentares, como é assegurado no artigo 182 do seu Regimento Interno. Mas esse direito jamais poderá se configurar em ataque, agressão verbal ou ameaça aos parlamentares. Desta forma, a Presidência da Casa atendeu ao requerimento da vereadora, aprovado por 15 parlamentares, e determinou a retirada do dito cidadão do recinto, cumprindo o que rege o mesmo artigo do Regimento Interno, onde está claro que todo cidadão presente às sessões deve guardar silêncio e respeito, “sendo compelido a sair imediatamente do edifício, caso perturbe os trabalhos com aplausos ou manifestações de reprovação e não atenda à advertência do presidente”.

Desta forma, os parlamentares de Aracruz se solidarizam com a vereadora e colega Adriana Guimarães, que foi vítima também do machismo que tanto tem assolado a nossa sociedade e tentado calar as vozes femininas no nosso país. O ataque à vereadora foi não só um desrespeito a uma parlamentar no seu direito de fala, a uma mulher brasileira e cidadã aracruzense legitimamente eleita, mas sobretudo um desrespeito a Casa do Povo de Aracruz.