Vereadores cobram reforço do policiamento ao governo do estado durante primeira sessão ordinária do ano
Na sessão ordinária da Câmara Municipal de Aracruz realizada nesta quinta-feira (16), os vereadores criticaram o descaso do governo estadual quanto ao envio de militares do Exército e da Força Nacional para reforçar o policiamento no município em virtude da paralisação dos policiais militares. Impedidos de sair dos batalhões devido ao protesto de mulheres e amigos, os policiais deixaram de realizar patrulhamento nas ruas capixabas desde o início deste mês.
Na semana passada, um grupo formado por 10 vereadores foi ao Palácio Anchieta e entregou, nas mãos do assessor especial do Governo do Estado, Robson Leite, um ofício assinado por 17 entidades. No documento, o Poder Legislativo e a sociedade civil organizada solicitaram segurança para a cidade. Na ocasião, o assessor do governador Paulo Hartung prometeu enviar os militares até o domingo (12). No entanto, até esta sexta-feira (17), nenhum representante da força-tarefa foi enviado.
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Erick Musso (PMDB) acompanhou a sessão. A primeira a usar a tribuna foi a vereadora Dileuza (PSB). Ela também participou da reunião com o governo e destacou que defende toda a classe de trabalhador que reivindica seus direitos. “Gostaria de registrar a nessa preocupação em relação a esse caos instalado em todo o Espírito Santo. Nos sentimos enganados de uma forma desrespeitosa porque naquela reunião estavam pessoas preocupadas com vida, com a segurança do nosso povo. Registro minha indignação porque não fomos atendidos e não obtivemos nenhum retorno em relação a situação. Já ficou claro para toda a sociedade que sem a polícia na rua nós não somos nada”, declarou Dileuza.
O presidente da Câmara, vereador Alcântaro Filho (Rede) também comentou a crise na segurança do Espírito Santo. “Nós não podemos mais esperar essa indefinição que paira nas ruas da cidade. Os nossos policiais militares merecem melhores condições de trabalho e nossa população merece segurança pública. Fomos atendidos no Palácio Anchieta, mas enganados pela assessoria especial do governo. Nós queremos a restituição integral da polícia militar nas ruas do município ou a Força Nacional. A população, os comerciantes e nossas famílias não aguentam mais ficar a mercê da insegurança”, finalizou.
Os vereadores também debateram questões relacionadas ao recolhimento de resíduos sólidos
A insegurança também foi pauta do discurso da vereadora Mônica Cordeiro (PDT). A pedetista também cobrou melhorias no serviço de recolhimento de resíduos sólidos do município. “Acredito que a policia já está voltando para a rua e que agora a maior discussão vai girar e torno das pessoas que podem ser punidas por envolvimento com o movimento. Nó gostaríamos de intensificar o pedido de reforço na área da segurança ao governo do estado”, cobrou a parlamentar.
O vereador Fabio Netto (PC do B) pediu um aparte à colega Mônica e ressaltou que questionou o Poder Executivo a respeito do recolhimento de resíduos. “Logo que o atual gestor assumiu, nós levamos essa preocupação da questão da licitação da limpeza urbana. Foi nos dito que após analise da procuradoria e da controladoria, entenderam que alguns pontos não estão corretos, dentre esses, o quantitativo de funcionários para varrição. A atual gestão está tomando as providências para que seja cumprido o que foi apresentado pelo edital”, informou Fabio Netto.
Ainda na primeira sessão ordinária, o vereador Roni (PRP) disse que a atual legislatura já está trabalhando em harmonia para representar a população com respeito e compromisso ético. Já Romildo Broetto (PV) garantiu que está desenvolvendo uma pauta de trabalho para alavancar o município. O parlamentar Alexandre Manhães (PMDB) desejou boa sorte a todos os colegas e afirmou que vai legislar e atuar na fiscalização contábil, financeira, orçamentária e do patrimônio do executivo.
Os parlamentares reforçaram o compromisso e dever ético de legislar em benefício de toda a comunidade.